O pernambucano Eli Alves de Araújo, de 38 anos, não se cansa de falar que o jogo de malha é um esporte de tradição. Ele conheceu a modalidade através do pai, um agricultor simples que tinha o jogo como principal diversão.

- Eu tinha 12 anos quando comecei. É um esporte de gerações – explica.

Adeptos do esporte em Ji-Paraná tentam manter a tradição de família (Foto: Valéria Reis)

Em Ji-Paraná-RO desde a década de 80, onde participa da Liga de Malha, ele e mais 20 amantes do esporte se reúnem todos os dias para medir forças e ver quem tem melhor pontaria. Assim como Pedro Angelino do Carmo, o mais velho do grupo, que depois de uma pausa, resolveu voltar ao 'campo'. Hoje, tenta passar para os filhos um pouco de sua experiência.

- Aprendi a jogar desde pequeno. Depois dei uma parada, mais logo voltei a brincar de novo. Qualquer pessoa pode jogar, só depende de prática. Meus filhos também jogam, assim garantimos a tradição na família – disse.

A modalidade não é um esporte 'popular'. O Jogo de Malha conquista principalmente homens que procuram diversão depois do trabalho e aposentados que gostam de se reunir com os amigos.

Entenda o jogo

Rondonienses mantêm tradição do jogo de malha
(Foto: Valéria Reis)

Os competidores precisam lançar os discos em direção a um pino de 15 centímetros. São quatro jogadores e a dupla fica separada, jogando do lado do adversário.

São quatro malhas, duas para cada jogador. A intenção é derrubar o pino ou jogar o disco o mais próximo possível.

Se o disco parar dentro do círculo maior, são 2 pontos. No menor, são 4 pontos. Se bater no pino, 6 pontos.

E se o disco bater no pino e permanecer dentro do círculo menor, são 10 pontos. Vence a competição quem computar 24 pontos primeiro.